Ninho do Sol


Associação de Moradores do Bairro Nossa Senhora Aparecida, sede do Ponto de Cultura
O Ponto de Cultura Ninho do Sol é uma iniciativa do Teatro Ogan em parceria com o IPC - Instituto Parecis Cultural, patrocinado pelo Governo Federal e Ministério da Cultura - Programa Mais Cultura, através do Governo do Estado de Mato Grosso e Secretaria de Estado de Cultura, apoiado pela Prefeitura e Câmara Municipal de Campo Novo do Parecis e pela Associação de Moradores do Bairro Nossa Senhora Aparecida.

Mural representando Wazare, herói ancestral da mitologia Paresí-Haliti
Suas diretrizes estão voltadas para a preservação do patrimônio cultural, divulgação da cultura indígena, execução de oficinas multimídia, de arte e artesanato, criação de uma biblioteca comunitária e promoção de eventos culturais. Atende hoje mais de 400 aprendizes na sede do ponto de cultura, na Unidade Prisional, na Escola Especial Bem-me-Quer - APAE, no IFMT - Campus Parecis e no Distrito de Mal. Rondon.

O Ponto de Cultura Ninho do Sol vem somar ações que integram comunidade, terceiro setor, iniciativa privada e poder público nas suas três esferas de atuação, auxiliando na formação de crianças e jovens, oferecendo lazer e atividades saudáveis, especialmente aos idosos, aumentando a renda da população mais carente, promovendo a inclusão social e integração de culturas, melhorando a qualidade de vida de todos, enfim, promovendo cidadania.












Com o Ponto de Cultura Ninho do Sol buscamos:
  • Oferecer oportunidades de uma educação mais ativa;
  • Oportunizar a formação humana através da arte;
  • Amenizar situações de vulnerabilidade social;
  • Promover a geração de emprego e renda (artesanato local e indígena);
  • Promover o potencial turístico do município de Campo Novo do Parecis e região;
  • Conscientizar sobre a importância de preservação dos locais históricos, dos abrigos rupestres, das reservas indígenas e do meio ambiente, com ações de ecocidadania.

PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

A preservação do patrimônio histórico e cultural será trabalhada pelo Ponto de Cultura Ninho do Sol através de uma série de 15 documentários:
  • As etnias indígenas do noroeste de Mato Grosso, especialmente os Paresi-Haliti de Campo Novo do Parecis, Sapezal e Tangará da Serra; os Irantxe-Manoki de Brasnorte; os Enawene-Nawe de Juína; e os Nhambikwaras de Sapezal.
  • A etnia Paresí-Haliti, rica em sua língua e cultura, sua arte plumária, seu artesanato, suas tradições e mitos como o de Ponte de Pedra, local de nascimento de Wazare, de todos os povos indígenas e do imóti (o não-indígena), definido como o nosso “Jardim do Éden” em pleno cerrado matogrossense.
  • A Marcha para o Oeste promovida por Mal. Rondon, nos anos de 1907 a 1913, cruzando Campo Novo do Parecis de Ponte de Pedra ao Salto Utiariti, regiões de rara beleza, formações rochosas e cachoeiras com até 90m de queda, deixando profundas marcas neste município e região.
  • As Missões jesuítas envolvendo Madre Tarcila e Pe. Arlindo Ignácio de Oliveira, que tiveram um envolvimento com a cultura indígena dessa região por 40 anos.
  • O início da colonização na década de 1970, promovida pelo Governo Federal, para colonizar o Sertão selvagem e vazio, trazendo diversas famílias do sul do Brasil para essa região do estado de Mato Grosso. 

Já estamos produzindo dois documentários:
  • A Festa da Colheita dos Paresí-Haliti, enfocando o período de caça, de fabricação da chicha, de celebração com jogos como o jikunahati (o cabeça-bol) e o tirimori, a tradição das flautas sagradas, desde sua saída da Casa da Jararaca, a proibição de mulheres de vê-las, a pajelança, os cantos e danças associados às flautas, e o batizado de 14 crianças e adultos na língua mãe.
  • A fabricação da chicha, bebida produzida da mandioca brava, do milho ou do abacaxi, tradicional entre essa etnia, utilizada em momento de grandes festas, especialmente na tradição das flautas sagradas.

OFICINAS DE ARTE E ARTESANATO

O Ponto de Cultura Ninho do Sol atende hoje crianças a partir dos 04 anos, adolescentes, jovens e idosos em 8 oficinas de arte e artesanato. Os profissionais são oficineiros voluntários e contratados pelo ponto de cultura:
  • Eduh Gevizier - Flauta doce (voluntário);
  • Fábio Lima - Artes Cênicas: Teatro e Balé (contratado);
  • Jhione de Souza Patrício - Cultura Afro (contratado);
  • Marilene de Almeida Ferreira - Artesanato (contratada);
  • Diorgner Fernando Szepanhuk - Teclado (contratado).

Na sede do ponto de cultura são oferecidas as oficinas de teatro, balé, artesanato, flauta doce e teclado.
Na Unidade Prisional é oferecida a oficina de artesanato.
Na comunidade de Itamarati Norte são oferecidas oficinas de danças.