quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Qual a idade ideal para sapatilhas de pontas?

A idade ideal para começar a trabalhar nas pontas é controversa. Muitos especialistas acreditam que uma bailarina pode começar a dançar nas pontas com pelo menos 9 ou 10 anos de idade. Alguns professores não atribuem um número a todos, eles simplesmente confiam na habilidade da bailarina. No entanto, o crescimento e fortalecimento dos pés acontecem quando estão prestes a completar 11, 12 anos de idade. Muitos concordam que o trabalho de pontas poderia ser introduzido nesse momento. [ Ívina Maiolo]


Professores que sobem bailarinas para as pontas (termo comumente usado quando a bailarina recebe a autorização para fazer aulas com as sapatilhas de pontas) com  7 ou 8 anos está cometendo negligência das mais graves possíveis, pois a formação músculo-esquelética da bailarina ainda não está pronta.

Teoricamente a criança não deve fazer aula de ponta antes dos 12 anos. Mas, quem melhor pode definir isso é o professor. Só o professor pode classificar o aluno que tem. Se é uma aluna que faz balé a pelo menos 4 anos, se já tem um pé forte, se já tem um bom desenvolvimento motor e domina a técnica clássica.

Se a aluna tiver tudo isso, mesmo que tenha um pouco menos de 12 anos, ela é uma forte candidata a usar as pontas. Porém, ela não atinge os objetivos 100%. Por outro lado, se a menina já tem mais de 12 anos, não quer dizer que ela está apta a começar nas sapatilhas de ponta. Ou seja o professor sabe qual a melhor hora para sua aluna iniciar nas sapatilhas de ponta, mas é preciso ter bom senso. A ansiedade das meninas é evidente quando elas se deparam com as sapatilhas. Um trabalho mal executado e muito antes da idade com crianças que não estão preparadas corporalmente pode causar lesões irremediáveis e a responsabilidade é do professor. Os ossos das crianças ainda não estão densos o suficiente para aguentar o excesso de carga que a sapatilha de ponta exerce e isso pode acabar deformando o pé da criança com o tempo.

Tudo tem seu tempo, paciência é uma virtude. É melhor esperar um pouco mais do que perder uma aluna devido a uma lesão gravíssima.

Matéria adaptada por Cia de Arte Flor de Menina retirada do blog de Lucas Schoeninger

Grupo Caroline matrículas abertas para cursos de dança

Dedicado ao ensino da dança como arte e instrumento de transformação, o Ballet Caroline conta com uma proposta de ensino que alia conceitos de arte, saúde e educação e qualidade técnica diferenciada com professores, orientadores e produtores especializados.

"Tradição e qualidade"
Os cursos permitem que crianças, jovens e adultos desenvolvam seu lado artístico com confiança e segurança, uma forma de ensino diferenciada oportunizando o desenvolvimento individual ou profissional, independente do amadurecimento ou da idade. 

O Ballet Caroline fica localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto, 665 Bairro Quilombo em Cuiabá - MT. Os telefones para contato são: (65) 3322-2426 e/ou 9943-7748.

Ana Botafogo, uma menina que batalhou por seus sonhos

O Brasil é cheio de ritmos e danças. Mas a dança clássica não é dos estilos mais conhecidos no país.

Mesmo assim, uma menina que começou no balé aos 6 anos dedicou-se ao seu sonho, e, com muito trabalho, se tornou a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A bailarina mais famosa do país. Ana Botafogo.

Mas o começo da carreira não foi fácil. "Eu achava que ser profissional da dança era muito difícil. Achava um sonho quase impossível." Quando foi estudar fora do Brasil, a artista percebeu que precisava mostrar a que veio. "Sempre fui muito tímida, muito quieta. Quando cheguei na França, comecei a ver que se eu não me abrisse, se não fosse à luta, não tinha ninguém pra ir por mim."


E foi com esse espírito e essa força de vontade que ela passou a reger a sua vida e sua carreira. "Quando a gente quer, a gente busca, a gente vai atrás, e a gente consegue." "Acreditem nos seus sonhos. Eu acho que eu acreditei. Não foi nada fácil e o sonho não aconteceu rápido. Eu levei algum tempo para que ele fosse concretizado, e agora estou continuando ele nesses 36 anos."

Para saber mais clique aqui.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"SOS cultura" Por falta de dinheiro, Cine Teatro Cuiabá fecha as portas

O motivo é a falta de repasses de recursos financeiros para custeio, na ordem de R$ 386 mil, segundo informações da Secretaria Estadual de Cultura


O Cine Teatro Cuiabá, um dos principais símbolos do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Mato Grosso, localizado na Avenida Getúlio Vargas, no Centro da Capital, fechou as suas portas e não há data prevista para a reabertura. 

O motivo é a falta de repasses de recursos financeiros para custeio, na ordem de R$ 386 mil, segundo informações da Secretaria Estadual de Cultura. 

Os repasses são referentes ao ano de 2012, quando a pasta era administrada pelo deputado estadual João Malheiros (PR) - eleito vice-prefeito de Cuiabá e que renunciou ao cargo. 

No ano passado, o Cine Teatro recebeu repasses no montante de R$ 420 mil, considerados insuficientes para cobrir as despesas e garantir o pagamento dos salários dos funcionários. 

Diante do valor acumulado, que foram estornados, a empresa detentora da concessão para administrar o local resolveu devolver o cine para o Estado. 

Desde outubro de 2009, o Instituto Mato-grossense de Desenvolvimento Humano (IMTDH) respondia pelo gerenciamento do local. 

O Cine Teatro é constituído como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual, tombado pela Fundação Cultural de Mato Grosso, conforme portaria nº. 30/84, de 31 de setembro de 1984, publicada no Diário Oficial de 10 de setembro do mesmo ano. 

O assessor especial da Secretaria de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, em entrevista ao MidiaNews, lamentou o fechamento do Cine Teatro e avaliou que a situação já estava insustentável.
Segundo ele, a reabertura do espaço é uma das prioridades da atual secretária de Cultura, Janete Riva. 

“Infelizmente, isso acontece na administração pública. É lamentável o fechamento, mas sabemos que não tinha como a empresa continuar atuando sem receber. A administração do IMTDH foi louvável, uma postura ética e profissional inquestionável. Mas, sabemos que não tem como passar por constrangimentos e também receber cobranças sem ter como arcar”, disse Ferreira, que foi secretário estadual de Cultura, na gestão de Blairo Maggi (PR). 

Segundo a Secretaria de Cultura, tão logo a devolução do Cine Teatro seja oficializada, com quebra de contratos, será aberto um novo processo licitatório, para a contratação de uma nova administradora. 

“Temos o interesse em colocar o Cine Teatro para atuar o mais breve possível. Ele é um patrimônio de toda a população. Sabemos da importância dele na sociedade. Logo que a devolução for efetiva, iremos lançar o edital para contratar outra empresa. Saldar as dívidas com a empresa anterior também é urgente. Ainda não podemos revelar uma data para reabertura, mas será rápido”, disse João Carlos Ferreira.

Histórico

O Cine Teatro Cuiabá (CTC) foi Inaugurado em 23 de maio de 1942, durante o Governo de Júlio Strübing Muller e fazia parte do conjunto de “obras oficiais” do Estado Novo. 

O CTC foi construído com estilo arquitetônico art-decó e tem capacidade para 600 pessoas. 

Em 1984, ocorreuo seu tombamento, foi definido como Patrimônio Histórico e Artístico do Cenário Arquitetônico de Mato Grosso. 

O CTC se estabeleceu como um centro das atividades culturais cuiabanas por mais de 55 anos e, mesmo sendo um marco da evolução sóciocultural da Capital, foi arrendado por várias vezes e, a partir de 1996, ficou fechado por quase 12 anos. 

Após uma grande reforma, que manteve as características arquitetônicas da época de sua construção, o espaço foi devolvido à sociedade cuiabana. 

As suas portas foi reaberta no dia 21 de maio de 2009 e fechadas novamente em dezembro de 2012.
Fonte: Midianews

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Posse do Conselho de Política Cultural ocorre hoje


O Conselho Municipal de Política Cultural convida a comunidade em geral, especialmente a classe artística, para reunião ordinária hoje, quarta-feira, 23 de janeiro, às 19h, no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores.

Constam da pauta, os seguintes assuntos:
  • Posse dos novos conselheiros - gestão 2013/2014;
  • Eleição da Mesa Diretora e Comissões Temáticas;
  • Informações sobre o PROAC 2013 – Programa de Apoio a Cultura.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quando a vaidade rimou com crueldade


Cena do filme "Cisne Negro" de Darren Aronofsky
No dia 17 de janeiro, Sergei Filin, diretor artístico do Bolshoi Ballet, foi ferido com ácido no rosto e nos olhos. Segundo o boletim médico, ele não corre o risco de perder a visão e sua recuperação demorará, pelo menos, seis meses.

Sei que tudo isso vocês já sabem. Li a respeito logo depois do acontecido, porque os blogs internacionais divulgaram a informação pouco tempo depois. Quando os portais brasileiros começaram a noticiar o assunto, várias pessoas o comentaram comigo. Parece que o tempo todo, alguém me dizia implicitamente: “Você não vai falar sobre isso?”.

Hoje, o jornal Folha de S.Paulo publicou um depoimento da Mariana Gomes, bailarina brasileira que faz parte do Bolshoi Ballet. É bem triste, chega a angustiar. O texto completo pode ser lido aqui. Depois que o li, duas pessoas mandaram o link para mim. Percebi que era melhor falar sobre o assunto.

Quando “Black Swan” estreou, quem se lembra das mil críticas ao filme? O mundo do ballet ficou em polvorosa. Nem precisa ir muito longe, aqui no blog mesmo há dezenas de comentários. Porque era um absurdo, porque nada era daquele jeito, porque aquilo era um desrespeito ao ballet clássico, porque Darren Aronofsky denegriu a nossa imagem.

A realidade superou a ficção. Cadê as críticas sobre tamanho absurdo? Cadê todo mundo falando que as coisas não são desse jeito? Um diretor está com queimaduras de terceiro grau em seu rosto e seus olhos, provavelmente, por disputas dentro de uma companhia de ballet. Será que alguém realmente percebeu a gravidade da situação?

Não podemos nos iludir. Isso não foi algo da Rússia, de Moscou, do Bolshoi. Essa ambição desmedida que dá voz à crueldade está à espreita em todos os cantos. A diferença é que alguém foi covarde o suficiente para partir da ideia à ação. Mas em pensamento, muito ácido já foi jogado uns nos outros. No ballet, meio mundo está corroído por dentro. Mas antes, ninguém poderia abrir a boca sobre isso, falar era o suficiente para ser julgado. Agora, a ferida está exposta.

Acho que existe um problema no centro da questão. Estamos falando de artistas que dedicam a sua vida inteira, desde a infância, por um propósito que ninguém sabe se será realizado. Poucos fazem parte de companhias. Raros chegam ao posto de primeiros-bailarinos. O restante, vai deixando seus sonhos pelo caminho. Justifica? Claro que não. Mas o ballet clássico funciona dentro de um sistema que estimula o pior das pessoas. Eu disse o sistema, não o ballet clássico. A dança é o que é. O que as pessoas fazem disso é o ponto-chave.

E o que aconteceu não é exclusividade da dança, existe em praticamente todas as áreas. No mundo, o que vale é a vaidade. A realização a qualquer preço. O topo da pirâmide. E aí, vamos continuar vivendo assim? Enquanto isso for estimulado, nada vai mudar.

No ballet, a vaidade é vista como um mérito. Não é. A ambição desmedida é vista como necessária. Não é. A competição é tida como imprescindível. Não é. Ou todos acordamos, ou é daqui para pior.

De tudo isso, o mais importante é a recuperação do Sergei Filin. Gostaria, sinceramente, que o seu retorno fosse no palco. Seria lindo vê-lo dançar totalmente recuperado. Seria uma prova de que a arte é maior. De que o amor pelo palco e pelas pessoas é maior. De que todos nós somos maiores do que tudo isso.

Tenho cá para mim que, um dia, tudo vai mudar.

Por Cássia Pires via Dos passos da bailarina

Após ataque a diretor, ensaios do Bolshoi têm pavor e choro, diz bailarina brasileira

"Vidro na sapatilha, tirar colchete de vestido antes do espetáculo, agulha no arranjo de cabelo, tudo isso eu sei que acontece, mesmo parecendo exagero", diz a bailarina brasileira Mariana Gomes, 24. "Já vi muita coisa e já perdoei muitos casos deste tipo, mas, dessa vez, não", afirma, sobre o ataque contra o diretor artístico do Balé Bolshoi, Sergei Filin, 42, atingido por ácido sulfúrico na quinta (17).

Em depoimento à Folha, a bailarina fala sobre a rivalidade que culminou com a agressão e sobre o clima nos ensaios do grupo. "Temos pavor de pensar que pessoas como essas podem estar no nosso camarim, podem estar dançando valsa comigo em algum ato de algum balé."

Atacado em frente ao prédio onde mora, no centro de Moscou, Filin sofreu queimaduras de terceiro grau no rosto e na córnea, mas os médicos afirmaram que o ex-bailarino não corre risco de perder a visão.

Sergei Filin, antes (esq.) e depois do ataque com ácido em seu rosto
"Teatro é um meio cruel, onde nossa carreira é curta, bailarinos são muitos, sonhos maiores ainda e o pior, ambição. Todos amam o que fazem, às vezes nos cansa, irrita, muita força, trabalho, suor e energia gastos e o retorno nem sempre corresponde ao esperado. Já vi bailarinos que se drogam, se alcoolizam, existem casos até que foram parar em manicômios durante turnês. Tudo isso acontece, e entendo bem o porquê estando neste meio. Já vi bailarino andando na rua de tarde, na hora do almoço, e cumprimentando pessoas na rua como se estivesse representando no palco o papel do dia de gladiador. Já vi muita coisa e já perdoei muitos casos deste tipo, mas, dessa vez, não. Não entra na minha cabeça tamanha ambição. Esse exagero é o reflexo do que vem acontecendo com os artistas ali dentro, é o auge, o que faz todo mundo pensar no que está acontecendo. Uma tragédia: Sergei nos últimos dias não enxerga e reage somente a luz, claro e escuro --foi a última notícia que tive dele.

Frequentamos igrejas, acendemos velas, os ensaios começaram com mensagens e choro. Temos pavor de pensar que pessoas como essas podem estar no nosso camarim, podem estar dançando valsa comigo em algum ato de algum balé. Quando cheguei ao teatro Bolshoi, sete anos atrás, Sergei Filin ainda era primeiro bailarino. Lembro quando dancei o balé 'Cinderella' e ele descia a escada do segundo ato no baile sentado no corrimão, escorregando, e a platéia gritava: oooooh! Realmente, técnica, beleza, carisma de causar espanto e, obviamente, inveja.

Anos depois, ele foi diretor do Teatro Stanislavski, segundo maior teatro de Moscou, e chegou como diretor do Bolshoi no auge, com a reabertura do palco histórico, em outubro de 2011. Cargo muito concorrido, antes ocupado por Yuri Burlaka e Alexei Ratmanski. Mas nenhum desses diretores sofreu tal pressão de artistas, imprensa e público. Sergei chegou no momento em que o teatro explodiu, com transmissão on-line e em cinemas, abertura do palco, grandes turnês e muito sucesso.

No meu primeiro ano de Bolshoi, ainda sem falar muitas palavras em russo, lembro que recebi comunicado do teatro de que eu deveria pagar taxa equivalente a US$ 200 para me registrar na cidade legalmente. Eu, estagiária na época, sem salário, chorava no restaurante do teatro sozinha, quando Sergei, aquele primeiro bailarino, príncipe, chegou até mim e perguntou o que havia acontecido. Pela primeira vez alguém tinha tentado falar inglês comigo. Eu contei a situação e ele me disse que resolveria. No dia seguinte, fui chamada ao caixa do Bolshoi, recebi o valor e assinei um recibo de 'ajuda de custo'. Nunca esqueci isso. Depois de anos de trabalho, ao saber que este Sergei Filin seria nosso diretor, fiquei realmente contente. Mesmo sabendo que ele não se lembra dessa história.

Só o que posso fazer é rezar por ele e pelos artistas que amam sua profissão e realmente estão perdendo a noção dos valores da vida. Rezo por essas pessoas que vêm transformando sonhos em pesadelos. Rezo para que esse templo Bolshoi continue sendo um ambiente de paz antes da concorrência, de arte antes do crime. E, com esses sentimentos no coração e lágrimas nos olhos, os espetáculos continuam e nunca vão parar, pois o dever do artista é acalmar e encantar o público, mesmo que por dentro do sorriso esteja mergulhado em dores, dúvidas e medos."

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Acabaram as férias!

Toda bailarina sabe que é muito difícil tirar férias, primeiro porque quando se ama tanto alguma coisa é difícil ficar nem que seja um mês longe dela e segundo porque você sente em um dia as dores de um mês inteiro, mas quem ama a dança não liga para a dor.

Hoje, segunda-feira (21) a Cia de Arte Flor de Menina voltará às aulas depois de pouco mais de um mês de férias.

Cia de Arte Flor de Menina em
"Primeiro Céu - Um lugar entre as estrelas"
Mas verdade seja dita - elas mereceram esse período de descanso, tivemos a agenda lotada o ano passado e esse ano não será diferente, pois começamos de imediato com a cabeça voltada para o processo seletivo do Festival de Dança de Joinville cujo o festival acontece entre os dias 17 a 27 de julho, além do festivais que estamos habituados a participar.

Então, mãos à obra que o ano só está começando!

domingo, 20 de janeiro de 2013

Um bilhão que se ergue


O "Um bilhão que se ergue" (One billion rising) é um protesto global para acabar com a violência contra mulheres e meninas. Terá sua 1ª edição em São Paulo num sábado, dia 16 de fevereiro de 2013 no Museu de Arte de São Paulo (MASP) das 14h às 18h.

A data oficial costuma ser o dia 14, mas foi mudada devido a atividades realizadas durante a semana como trabalho, escola, entre outros que impossibilitavam alguns de comparecer no evento. Sabe como será feito esse protesto? Dançando. "Um bilhão de mulheres dançando é uma revolução."

sábado, 19 de janeiro de 2013

Use a dança a seu favor!

A dança pode ser uma forma divertida de exercitar corpo e mente.

Bailarinas do Bolshoi Brasil
É desde o começo dos tempos que o homem pula, se dobra e se estica em rituais que visam uma comunicação direta com os deuses ou que contam uma história aos seus pares. O antropólogo Gordon Hewes, no começo da década de 1970, disse que "o movimento é a nossa língua natal e nosso pensamento primordial". Afinal, dançando comunicamos nosso mundo interior, tendo, como material expressivo, o próprio corpo em movimento: pele, músculos, ossos, peso, respiração, batida do coração.

Entram na dança, também, os desejos, os sonhos e a emoção do dançarino. "Apoiando-nos em nossos gestos, construímos uma identidade. Ampliando esses micromovimentos no espaço, o corpo vira linguagem", escreveu o coreógrafo Ivaldo Bertazzo, que criou o conceito de cidadãos-dançantes e costuma convidar não-profissionais a participar de seus espetáculos.

Sim, porque qualquer um pode dançar, ainda que não possa praticar pliés. Não fosse assim, nada aconteceria nas oficinas de Danceability, método criado pelo americano Alito Alessi que propõe a exploração artística entre pessoas com e sem deficiência, com e sem experiência em dança, utilizando a improvisação. E o que se vê são composições que incluem cadeiras de rodas, muletas e sutis movimentos de olhos, e a substituição de uma fantasia, de um preconceito, por uma experiência concreta.

"A gente tem uma pressão muito grande para melhorar na vida, para ser mais forte, mais magro, mais inteligente, mais habilidoso, e este é um espaço de encontro, onde a gente pode ser o que é", conta Neca Zarvos, professora certificada da técnica. "E isso é muito inspirador". Você pode se mover como quiser. O que importa mesmo é reunir-se por inteiro: coração, mente e corpo.

Por Jeanne Callegari

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Diretor do Balé Bolshoi tem o rosto queimado após ataque na Rússia

Os olhos de Sergei Filin foram muito atingidos, segundo médicos. Crime ocorreu na madrugada desta sexta, em um estacionamento.

Diretor Sergei Filin, em foto tirada em 2011 (Foto: AP)
O diretor da Companhia de Balé do Teatro Bolshoi, Sergei Filin, deu entrada nesta sexta-feira (18) em um hospital em Moscou, na Rússia, com queimaduras graves no rosto após ser atacado com um líquido não identificado, presumivelmente algum tipo de ácido, segundo informaram as autoridades do país.

O ataque aconteceu durante a madrugada desta sexta em um estacionamento no centro da capital russa, onde "uma pessoa não identificada lançou um líquido no rosto" da vítima, segundo o Ministério do Interior, citado pela agência "Interfax".

O "Canal 1" da televisão russa revelou que os médicos estão preocupados com a vista de Filin, já que seus olhos foram muitos atingidos. A equipe que cuida do artista estima que ele necessitará de pelo menos seis meses para recuperar-se das queimaduras.

Os colegas de Filin no lendário teatro russo, um dos mais importantes do mundo, relacionam o ataque com a atividade profissional do mestre na companhia de balé.

"Sergei sempre esteve ameaçado, desde que assumiu o cargo. Antes de sua chegada, seus antecessores também eram pressionados. Nunca tínhamos pensado que a guerra pelos papéis, não pelo petróleo ou por propriedades, pudesse chegar a esses extremos criminosos", lamentou a assessora de imprensa do Bolshoi, Katerina Novikova.

Os colegas de Filin lembram que alguém furou os pneus do seu carro na véspera do ataque. Além disso, asseguram, a vítima era objeto de constantes ligações telefônicas ameaçadoras.

A polêmica e os escândalos perseguem o Teatro Bolshoi, a pérola das artes cênicas russas, cujo lendário cenário principal esteve fechado para obras durante seis anos e reabriu em outubro de 2011.
Fone: G1 Mundo

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Teatro Ogan apresentará espetáculo no Festival de Curitiba

"Passarinho me contou..." será apresentado no mais conceituado festival de teatro do Brasil e da América Latina.


O Teatro Ogan de Campo Novo do Parecis estará se apresentando no 22º Festival de Teatro de Curitiba (FTC 2013), consolidado como o maior e mais conceituado evento do segmento no Brasil e na América Latina. O espetáculo "Passarinho me contou..." de Van César, participará do Fringe, que é uma mostra livre realizada adjunta ao FTC.

“Passarinho me contou...” é um espetáculo de contação de histórias que enfatiza o surgimento dos contadores, a transformação e a tradição desses contos através do folclore popular. Em suas quatro histórias interpretadas pela Trupe de Contadores, os mesmos brincam com o imaginário popular, utilizando-se de diversos recursos, tais como: máscaras, fantoches, musicalidade, dentre outros.

O espetáculo "Passarinho me contou..." narra a viagem fantástica de um velhinho em busca de histórias pra contar. Quando ele compra o baú das histórias do Deus das Nuvens e o abre, todas elas se transformaram em pássaros encantados de todos os tipos, com todas as cores, que cantam de todas as formas e voam para todos os lugares. Então esses pássaros encantados encontram uma menina...


O espetáculo será apresentado na Praça Rui Barbosa no dia 31 de março (11h) e no dia 01 de abril (15h). O mesmo será apresentado no dia 02 de abril (11h) nas Ruínas de São Francisco.

Ficha técnica

Título: “Passarinho me contou...”
Gênero: Contação de Histórias
Texto e direção: Van César
Elenco: Edúh Gevizier, Silvinha e Van César
Técnica: Betho
Produção: Sílvia Schneiders
Duração: 40 minutos

Nosso corpo se move... Nossa alma dança!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Prefeitura de Campo Novo do Parecis oferece matrículas para Oficinas de Arte

A prefeitura de Campo Novo do Parecis abre inscrições para diversas Oficinas de Arte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. As aulas são gratuitas e as matrículas terão início no dia 04 de fevereiro.

Cia Almas em "Alegria" coreografia de
Franciele Almeida
As oficinas visam incrementar culturalmente a vida das crianças, jovens e adultos. Nesta primeira etapa, estão sendo oferecidas oficinas de teatro, Balé, Dança do Ventre, Dança de Rua, Axé, Dança de Salão, Capoeira, Violão e Banda de Percussão.

As inscrições poderão ser feitas gratuitamente na sede do Centro Cultural, localizado na Rua Severino de Lima, 1206 – NE, no dia 04/02, das 7 às 13 horas. As aulas estão previstas para início em 18 de fevereiro de 2013.

Alessandra Costa Marques/Assessoria de Comunicação/Prefeitura de Campo Novo do Parecis

Os braços e as mãos

“Mas, somente a habilidade em encontrar a posição adequada para seus braços produz a finesse da artística expressão da bailarina, e alcança a harmonia completa para a sua dança.” (Agrippina Vaganova, Princípios básicos do balé clássico, p. 60.)

Quando falamos sobre os membros superiores, há dois aspectos. Primeiro, as posições dos braços: cinco no método Royal (além do bra bas, demi-seconde e demi-bras) e três no método Vaganova (além da preparatória). Depois, os port de bras, que são os movimentos dos braços. São os mais difíceis de serem feitos com perfeição, mas são eles os mais importantes na dança.

Aurélie Dupont, Psyché, Ópera de Paris, 2011.
No começo do estudo no balé, aprendemos as posições, mas elas só entram nos passos um tempo depois. Os port de bras entram bem mais tarde. [...]

Não precisamos ver o restante do corpo para reconhecer uma grande bailarina. Os braços, as mãos e a cabeça dizem tudo!

O cartão postal de toda bailarina está
nos seus braços e no seu sorriso

A postura é essencial!

Uma das primeiras coisas que uma bailarina aprende é a maneira correta de segurar seu corpo. Um dos fatores distintivos de uma bailarina é a postura, dançando ou não.


Você pode encontrar o seu centro de equilíbrio, imaginando uma linha reta passando pela sua espinha. Para atingir a postura correta, bailarinos devem praticar todos os dias alguns exercícios.

No começo, pode ser útil se segurar suavemente numa barra de equilíbrio. Os passos seguintes irão ajudá-lo a ficar como uma bailarina.

1 - Fique com os pés na primeira posição, calcanhares se tocando e pés virados para fora, com os joelhos retos.

2 - Contraia os músculos de sua barriga.

3 - Aperte os músculos da parte inferior da sua perna.

4 - Amplie os ombros, empurrando-os para baixo e para trás.

5 - Mantenha os braços na frente do corpo, com os cotovelos ligeiramente dobrados e as mãos relaxadas.

6 – Levante o queixo, alongue o pescoço.

7 - Respire profundamente e relaxe.

Dicas:

1 - Mantenha os ombros para baixo e aberto.

2 - Olhe para cima e para fora, nunca para seus pés.

3 - Olhe no espelho para checar sua postura.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O brilho de uma estrela


"Sempre vai existir uma bailarina dentro de uma companhia que depois de 8 horas de ensaio tem que usar as moedas que seria para água para pagar a passagem...

Que chega em casa depois de pegar dois ônibus lotados, e nota que precisa de roupa nova para ir na festa de uma amiga, mas a sapatilha acaba de rasgar, que com a mãe cheia de dificuldades precisa trabalhar para ganhar mais porque as dívidas estão crescendo, mas ela só sabe dançar.

Mas ela faz isso muito melhor do que outras que tem motorista particular, e o público no palco não vai saber diferenciar uma da outra, porque no balé o que diferencia uma bailarina da outra é o talento, mas talento não compra tutu's, sapatilhas, meias... por isso muitas desistem.

Muitas vão estar em uma empresa de "fast food" te servindo, mas ela sabe que ela não é só aquilo ali, mas sim uma estrela, só que não brilhou, não por falta de luz, mas por falta de dinheiro.

Mas Esperem... a que tem motorista particular também parou, não por falta de dinheiro, mas por falta de luz, mas a que trabalha no fast food pode voltar a dançar e brilhar, já a outra..."
Desconheço a autoria

Guia de estudo


Não é difícil perceber o meu amor pelo estudo, o próprio blog é um reflexo disso. Mas eu reconheço que estudar não é a atividade número um na vida da maioria das pessoas. Engraçado é que ter conhecimento é bem-visto e a vaidade intelectual é altamente estimulada. Há pessoas que querem saber tudo, mas não querem conhecer nada. O saber pelo saber. Não vejo utilidade nisso. Para mim, o conhecimento deve existir para melhorar a nossa vida de alguma forma. Neste caso específico, para vivenciarmos o balé clássico da melhor maneira possível.

Por outro lado, há pessoas que querem estudar, mas se perdem no mar das informações. Como separar o joio do trigo?

Vou compartilhar com vocês como eu estudo sobre dança. É claro que isso não é uma regra, mas talvez ajude quem quer encontrar o seu próprio caminho para estudar.

Aprenda a usar o YouTube

Às vezes no blog, quase sempre no Facebook, eu publico vídeos de dança. Vocês acham que eu passo horas buscando vídeos? Eu tenho uma conta no YouTube e estou inscrita em vários canais de dança, de companhias a bailarinas profissionais. Dessa maneira, eu sempre vejo quais vídeos foram publicados recentemente por esses canais. Não só, o próprio YouTube indica vídeos que eu gostaria de assistir e já encontrei verdadeiras pérolas nessas indicações. Vídeos raros, repertórios completos e em partes, documentários. O YouTube é nosso braço direito no estudo da dança, basta saber usá-lo.

Não tenha receio do que desconhece

Vocês acham que sou fluente em inglês e que sei francês superbem, certo? Isso porque eu sempre publico vídeos nesses idiomas. Eu não sou fluente em inglês. Eu estudei francês por pouco tempo, e há mais de dez anos. Mas assisto o que for nessas duas línguas e entendo muita coisa, e sabem por quê? Elas não me intimidam. Não preciso entender tudo. Russo também não me intimida, mesmo eu não entendendo nada. Com os textos, isso é ainda mais fácil, existe o tradutor do Google. Aí, nem polonês me assusta. Se você ficar esperando tudo legendado, bonitinho em português, o seu conhecimento será bem limitado. Aliás, nos vídeos de bastidores e nos documentários, boa parte das cenas são de dança e essa linguagem é universal. Ou seja, não tem desculpa.

Escolha os seus preferidos e os acompanhe

Eu não tenho ideia do número de companhias de dança existentes no mundo. De bailarinos profissionais então, muito menos. É humanamente impossível acompanhar todos. Por isso, eu tenho os meus escolhidos. Entre as companhias, a Ópera de Paris está no topo da lista. Sei o que acontece, quem é contratado, quando tem audição, quem é escolhido étoile, enfim. Por alto, eu acompanho Royal Ballet, Bolshoi Ballet, American Ballet Theatre, English National Ballet, Grupo Corpo e São Paulo Companhia de Dança. Entre as bailarinas, Aurélie Dupont (Ópera de Paris), Evgenia Obraztsova (Bolshoi Ballet), Olesya Novikova (Kirov Ballet) e Laëtitia Pujol (Ópera de Paris). Basicamente, é sobre o trabalho delas que pesquiso e os vídeos que mais assisto. Todas estão na ativa, ou seja, é mais fácil encontrar material sempre.

Acabou? Não. Há as bailarinas do passado: Margot Fonteyn e Carla Fracci são as queridas do meu coração.

Essa é a base da minha pesquisa. E quem acompanha as minhas publicações deve ter percebido que esses nomes não são novidade nem no blog, tampouco no Facebook.

Se abra ao acaso

Mas ter os meus preferidos não significa que só eles existem. Quando pegamos o costume de pesquisar, novos nomes sempre aparecem e as boas surpresas surgem. Outro dia mesmo me deparei com um vídeo da bailarina Grettel Morejón. Já cismei com a Mathilde Froustey e passei dias assistindo aos seus vídeos. Foi sem querer que descobri o Teatro Mikhailovsky. Pesquisando sobre George Balanchine, eu conheci o New York City Ballet.

Outra maneira de descobrir coisas novas é escolher um assunto que você queira estudar. Está em um dia “O lago dos cisnes”? Digite “Swan Lake” no YouTube ou no Google e passe horas se divertindo. É assim que as coisas surgem.

Use o Facebook e o Twitter a seu favor

Companhias de dança, bailarinos e bailarinas, grandes escolas de formação. Estão todos lá no Facebook publicando vídeos e informações. No Twitter, a mesma coisa. Eu prefiro o Facebook, porque há um feed de notícias e só vemos as páginas que curtimos. Ou podemos cancelar a assinatura daqueles amigos que amam publicar o tempo todo e acabam atrapalhando o acompanhamento de outras publicações. Há muita informação disponível nessas redes, mas muita! É só saber usá-las. Mas também não adianta “curtir” todo mundo e não conseguir acompanhar nada. É legal seguir a tática da escolha: siga os seus preferidos e acompanhe o que achar mais relevante para você.

Leia sobre balé clássico

Uma coisa que aprendi nas aulas de metodologia de pesquisa: no meio acadêmico, os termos “prática” e “teoria” estão em desuso, agora é “aplicabilidade teórica”. Ou seja, teoria e prática caminham de mãos dadas. Quem lê sobre balé sabe que esse conhecimento acaba se refletindo na sua dança. Só isso é tema suficiente para um post, mas por ora, basta saber que é bacana ler sobre o assunto. Nem que seja de vez em quando.

Estude alguma coisa todo santo dia

Uma variação tem, em média, de um a dois minutos. Ler uma página de um livro leva alguns minutos. Um post de um blog ou um artigo de jornal, um pouco mais. Um documentário sobre dança costuma ter menos de duas horas. Os repertórios completos, idem. Vídeos de ensaios ou bastidores, uns cinco minutos. Um desses por dia, só um!, faz uma imensa diferença. E vamos combinar, é difícil estudar sobre ballet para quem ama o assunto?

Descanse

Também é preciso descansar a cabeça e o corpo. Assim, o saber decanta e nos apropriamos do que aprendemos. E o conhecimento passa a fazer parte de nós. Parece exagero? Só parece. Mas é assim mesmo que funciona.

Se alguém tiver alguma dúvida ou outras maneiras de estudar, basta dizer nos comentários. Porque o próximo passo é compartilhar o conhecimento. Afinal, quanto mais pessoas conhecerem, melhor para todos nós.
Por Cássia Pires via Dos passos da bailarina

domingo, 6 de janeiro de 2013

Ogan divulga novo espetáculo

Sabem...

Um "Passarinho me contou" que a Trupe do Teatro Ogan vem com novidades para 2013, um espetáculo de autoria e direção de Van César que aborda o lúdico, a contação de história, poesia e muito mais... "Passarinho me contou..." é um espetáculo que promete mexer com o imaginário das pessoas...

Grupo de Teatro Ogan - Van César, Silvinha e
Eduh Gevizier
Foi apresentado a primeira vez (como numa prévia) na cidade de Sapezal fazendo parte do programa "Operação Vida Ativa" promovida pela Fundação André Maggi para os colaboradores e familiares da Amaggi Sapezal, Amaggi Campos de Julio e Divisão Energia.

Van César como contador de estórias
"Passarinho me contou..." narra como Ananse compra o Baú de Histórias e assim provoca o surgimento dos contadores no mundo. Narra ainda como as histórias, saídas do baú, se transformam em pássaros encantados que percorrem cidades e regiões, fazendo seus ninhos na cabeça e no coração dos contadores de histórias.

O espetáculo foi apresentado ainda na Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, no FEsTeatro 2012 e a Trupe participou ainda do Salão do Livro, em Tangará da Serra.

Com colaboração do blog do Teatro Ogan

Papa Bento XVI fecha convento em que freiras dançavam em cerimônias

O papa Bento XVI mandou fechar um famoso convento em Roma, de acordo com informações de jornais italianos. 

Foto: Giuseppe De Carli
O jornal “La Stampa” informou que o monastério da Basílica di Santa Croce in Gerusalemme (Basílica da Santa Cruz de Jerusalém) estaria sendo fechada devido a ‘irregularidades’ litúrgicas, financeiras e morais. 

Segundo os jornais, alguns monges cistercianos da igreja foram transferidos para outras congregações na Itália. O abade Simone Fioraso, um extravagante ex-estilista de Milão, já tinha sido transferido do mosteiro há dois anos. 

O jornal “Il Messaggero” informou que Fioraso tinha restaurado o convento, que estava muito danificada, e aberto um hotel no local, em que realizava concertos. Ele também realizou uma maratona de leitura da Bíblia que foi transmitida pela televisão e constantemente atraía celebridades para visitar o mosteiro, em que promovia uma abordagem menos convencional da religião. 

Uma das freiras do mosteiro, Anna Nobili, ex-dançarina erótica, fez várias apresentações de dança com outras freiras durante cerimônias religiosas. 

Investigação

O Vaticano teria expressado sua insatisfação com os boatos a respeito do mosteiro. 

“Uma investigação descobriu provas de irregularidades litúrgicas e financeiras, além de (irregularidades de) estilo de vida, que provavelmente não estavam de acordo com o de um monge”, teria dito ao jornal britânico “Guardian” o padre Ciro Benedettini, um porta-voz do Vaticano. 

O inquérito foi feito pela Congregação dos Institutos de Vida Consagrada do Vaticano e seus resultados ainda não foram publicados, segundo o “La Stampa”. 

A Basílica de Santa Croce é uma das mais antigas e famosas de Roma, foi construída em volta de uma capela do século IV. 

A igreja é um dos locais mais importantes de peregrinação na capital italiana e acredita-se que ela guarda relíquias sagradas.

Fonte: G1 Mundo

O Boticário na Dança!

O Boticário está trazendo uma grande novidade para 2013: uma plataforma de incentivo ao desenvolvimento cultural que vai apoiar projetos de dança por todo o Brasil! Entre as ações estão patrocínios de festivais, grupos e companhias de dança, além do próprio festival organizado pela marca, reunindo grupos nacionais e internacionais.


Sobre o festival, estima-se a participação de cerca de 20 mil pessoas ao longo de 15 dias de apresentações. A proposta do Festival O Boticário na Dança é promover a arte de maneira acessível. Estão previstos também ensaios abertos, workshops gratuitos para bailarinos e espetáculos com ingressos entre R$ 15 e R$ 100.

A partir do segundo trimestre de 2013, as companhias poderão inscrever os projetos aprovados para leis de incentivo à cultura no hotsite do programa. O canal foi criado especialmente para reunir informações sobre a plataforma – incluindo critérios de avaliação e programação dos festivais e das companhias apoiadas. Periodicamente, os projetos serão analisados por uma comissão formada por profissionais de O Boticário e consultores externos.


O Boticário acredita que a dança é fonte de alegria, emoção e beleza, capaz de transformar as pessoas pelo movimento do corpo! Para saber mais informações sobre o projeto, acesse o site!

sábado, 5 de janeiro de 2013

A Cultura e o buraco da nossa Rua


A desestruturação vertical dos organismos gestores da cultura vem sendo arquitetada a algum tempo. No início do mandato da presidenta Dilma, comentou-se muito da extinção do Ministério da Cultura ou fusão com outros ministérios.

O governo do estado de Mato Grosso, a todo o momento, desde os tempos de Blairo Maggi, comenta sobre a possível extinção da Secretaria de Estado de Cultura ou fusão com outra.

Aqui em Rondonópolis a cultura contava apenas com um acanhado Departamento ligado a Secretaria de Educação, sendo que o próprio prefeito Percival Muniz criou, no seu primeiro mandato, a Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer. 

Portanto se não continuarmos no mínimo como está, é um retrocesso. Essa tendência ao retrocesso só não vem tendo sucesso devido a incessante luta e cobrança dos agentes culturais brasileiros. Não fosse isso nem um mero Departamento de Cultura teríamos no Ministério da Educação. Pois antes da criação do MinC, era assim que era.

Não é só uma questão de se tem ou não recursos. É simbólico. É respeito a todo o nosso legado. Não é só questão burocrática de criação de uma Secretaria. É seguir avançando. É preservar conquistas e abrir portas para outras. 

Acredito que temos sempre que avançar, jamais retroceder.
Como abrir mão dos pontos de cultura?
Como abrir mão de uma Agência Nacional do Cinema?
Como abrir mão de uma Fundação Cultural Palmares?
Como abrir mão de um Instituto Brasileiro de Museus?
Como abrir mão dos incentivos públicos à cultura?
Como abrir mão dos Conselhos de Cultura?
Como abrir mão de um Festival do Cururu e Siriri?
Como abrir mão de um Museu Rosa Bororo?
Como abrir mão do Centro Cultural José Sobrinho?
Como abrir mão do Casario Marechal Rondon?

Tudo isso vem sendo garantido com a ampliação das estruturas de gestão. A criação da Secretaria Municipal de Cultura é garantia de continuarmos avançando. A questão é escolhermos o que queremos. 

Ou avançamos em direção a uma sociedade mais consciente. Mais culta. Proprietária do seu destino. Ou lutarmos para sempre para que o prefeito tampe o buraco da nossa rua.

José Roberto de Souza - Artista de Rondonópolis

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dor e bailarina não são sinônimos no meu dicionário

"Não farei uma ode à dor. Bailarina sente dor e todo mundo sabe. Não farei uma ode ao sofrimento, porque todo artista conhece bem o seu significado. Não farei uma ode à dedicação, porque disso pressupõe qualquer trabalho bem-feito. 

Farei uma ode à plenitude. Eu danço porque adoro sorrir. Por dentro. 

Eu sou bailarina até de pijama. O meu corpo carrega consigo a técnica que eu já aprendi e espera ansiosamente por aquilo que eu ainda não conheço. As músicas dos repertórios soam na minha cabeça ao longo do dia; quando não, as cantarolo sem querer. 

A rotina das aulas de balé clássico. As descobertas de uma coreografia. As mil repetições. Nada disso é um fardo para mim. Sou apaixonada por todo o processo. Assim, entendo o significado da palavra "pertencimento". A dança é o meu lugar. 

Não quero a medalha do "eu consegui!" porque não há um fim. A minha busca é outra: eu não sou atleta, eu sou bailarina. 

Sinto apenas por não estar no palco como eu gostaria e o tanto que eu gostaria. Mas o balé clássico está comigo o tempo todo e isso é o suficiente para me fazer sorrir. Por dentro."


Da autoria de Cássia Pires, para começar as postagens de 2013, essas belas palavras...!