Não é de hoje, volta e meia alguém me pergunta o que é Coda, Adágio, Pas de Quatre, Variação…
“Nossa, eu não acredito! Que absurdo, todo mundo deveria saber isso.”
Absurdo é ficar remoendo dúvidas por vergonha de perguntar. Ninguém nasceu sabendo, certo?
Esses posts serão feitos para facilitar o entendimento dos verbetes. Eu só falarei sobre Grand Pas de Deux depois de explicar as partes que o compõe. Sendo assim, vamos começar do princípio.
O Lago dos Cisnes de 20 de fevereiro de 1877 |
Afinal, o que é repertório? E balé de repertório?
São coisas diferentes e é preciso conhecer essa distinção.
Repertório significa conjunto, seja de obras, publicações ou conhecimento. No caso das artes, são as obras que compõe o trabalho de um grupo teatral, uma banda de música, uma companhia de dança, uma orquestra sinfônica. Por exemplo,“Romeu e Julieta” faz parte do repertório do Grupo Galpão e “Onqotô” do Grupo Corpo.
Onqotô - Grupo Corpo |
Balé de Repertório consiste em um espetáculo de balé construído em torno de uma história. Isso basta para receber tal denominação? Não.
“Em relação à dança, repertório é o conjunto de obras que, reunidas a partir de determinados critérios, continuam a ser encenadas, remontadas por diversas companhias ao redor do mundo e, mesmo décadas ou séculos após a morte de seus autores, continuam a gerar interesse do público que as assistem. Essas obras formam o acervo de uma companhia. Assim, repertório está ligado à permanência e à universalidade.” (Vera Aragão, no curso Composição Coreográfica para Ballet, Unidança.)
Ou seja, os balés de repertório remetem à própria história do balé clássico, passando por gerações. A primeira apresentação de “O lago dos cisnes” aconteceu no século 19 e cá estamos nós, em pleno século 21, falando sobre ele.
Por: Cássia Pires
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