Durante o III EncenArte foi promovida a Oficina "Descoberta do Palhaço", ministrada por Styve Martins, de Tangará da Serra.
A oficina, que consistiu em se descobrir o próprio palhaço, começou inicialmente com o trabalho do ridículo para que consigam expor e lidar
livremente com o ridículo das outras pessoas, sem nenhum bloqueio. Na
oficina buscou-se responder a perguntas como "O que é o palhaço?", "Como
ele surge?" e a diferença entre o palhaço e o ator.
Segundo Styve
Martins "nem todo ator é um palhaço, mas todo palhaço é um ator, porque
ele não é uma personagem, mas parte do ator, parte de sua essência." E
prossegue " ele tem seu próprio mundo, tem uma visão única das coisas
cotidianas. O palhaço não faz gracinhas, ele simplesmente se diverte
porque gosta e não quer agradar ninguém, a não ser ele mesmo." E
finaliza: "o palhaço não é bonzinho porque ele usa os defeitos, os erros
dos outros, e se diverte com isso."
Na
oficina Styve Martins repassou dinâmicas com criação de situações em que
se possa usar o palhaço, inicialmente sem fala, só o gestual. Depois
acrescentou cenas com falas mas sem o palhaço, e encerrou buscando
desenvolver o improviso com a técnica do gromelô (uma das técnicas de
palhaço). Finalizou a sequência unindo essa três situações para criar a
personalidade do palhaço, ou a descoberta do próprio palhaço.
Devido
ao pouco tempo para ministrar a Oficina, a finalização deste trabalho
ficará para uma próxima oportunidade, onde se levará essa "descoberta"
pra rua, com o rosto pintado (maquiagem do palhaço) e o palhaço
pré-concebido.
O
Oficina se encerrou com evoluções de corpo e autoconhecimento
físico, limitações e possibilidades, confiança em grupo e evoluções
corporais para técnicas circenses com tecido acrobático.
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