Anna Matveievna Pavlova foi uma bailarina russa nascida em São Petersburgo no dia 31 de janeiro de 1881 e falecida em Haia, em 23 de janeiro de 1931. De talento e carisma excepcionais, fascinou o mundo da dança no fim do século XIX e na primeira metade do século XX. Seu extraordinário talento e suas interpretações extremamente pessoais deram um novo sentido ao balé clássico. Também era conhecida como Anna Pavlovna Pavlova.
"Deus dá o talento, mas é o trabalho que transforma o talento em gênio" (Anna Pavlova) |
Nascida de mãe solteira, no seio de uma família de camponeses pobres, não gostava de falar de seu pai, afirmando que ele morreu quando tinha dois anos de idade. Os historiadores afirmam que ele era um soldado judeu quando do seu nascimento e mais tarde um comerciante. Aos oito anos, como presente de aniversário, sua mãe a leva para assistir ao espetáculo de balé:"A Bela Adormecida" no teatro Mariinsky. Emocionou-se tanto, que decidiu a partir daquele dia se dedicar à dança.
Após ser admitida no corpo de balé do "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo, passa a galgar posições de destaque nos espetáculos do teatro Mariinsky muito rapidamente. Expressiva e carismática, conquistava grande legião de admiradores a cada espetáculo. Seu físico delicado e gracioso era bem apropriado para os papéis românticos dos balés, e isso foi percebido pelos coreógrafos. Seu primeiro sucesso e que passou a ser sua marca registrada, é o solo de "A Morte do Cisne", apresentada em 1905, no teatro Mariinsky, com música de Cammille Saint-Säens e coreografia de Mikhail Fokine . Também é sucesso em "Giselle" com música de Adolphe Adam e coreografia de Marius Petipa, apresentada em 1906 no mesmo teatro.
"Embora alguém possa falhar em encontrar a felicidade na vida teatral, ninguém desiste depois de já ter uma vez provado de seus frutos." |
No dia 6 de janeiro de 1908, realiza o seu sonho de infância e dança no teatro Mariinsky, no papel de Princesa Aurora, o balé A Bela Adormecida pela primeira vez. Em 1911, apresentou-se pela última vez no Ballets Russes, desta vez em uma temporada em Londres. Mais uma vez teve como parceiro Vaslav Nijinky. Após esta temporada ela nunca mais dançaria com ele.
No dia 24 de fevereiro de 1913, ela apresentou-se pela última vez no teatro Mariinsky, no balé La Bayadere. A partir de 1913, rompeu seu vínculo com o Imperial Ballet de São Petersburgo, e passou a excursionar pelo mundo com companhia própria até a sua morte em 1931. Em suas vindas ao Brasil, ela apresentou-se nestes grandes teatros: Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro Municipal de São Paulo e Theatro da Paz (Belém, Pará).
"Toque o último compasso bem suave." (Suas últimas palavras) |
O seu repertório era clássico, convencional, mas gostava de incluir números de danças étnicas. Os seus excertos e adaptações dos balés clássicos encantavam as plateias para quem se apresentava. Anna Pavlova, por meio de suas turnês ao redor do mundo, e também por sua figura carismática e singular, tornou o balé popular por onde passava, sendo responsável por inúmeras novas bailarinas; moças que após a verem dançar se decidiam a também fazê-lo.
Durante sua carreira, Anna Pavlova viajou cerca de quinhentas mil milhas, dançando em 3.650 espetáculos e participando de mais de dois mil ensaios.
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